sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Mudanças Ambientais Globais


Autor: Dalva Maria De Assis Nascimento
Escola: EE Prefeito José Paulo de Assis - Senhora dos Remédios - MG

Estrutura Curricular

Modalidade / Nível de Ensino
Ensino Fundamental Final
Componente Curricular
Geografia
Tema  
Meio ambiente e centros urbanos
  Dados da Aula
O que o aluno poderá aprender com esta aula
1)Reconhecer e localizar, no mapa do mundo, as maiores metrópoles.
2) Conhecer os problemas ambientais existentes nos grandes centros urbanos e perceber que eles comprometem a qualidade de vida dos seus habitantes.
3) Analisar a situação ambiental dos grandes centros urbanos do mundo.
4) Perceber que a urbanização é acompanhada de crescimento populacional, o que promove uma consequente intensificação do uso e da ocupação do solo, gerando diversos problemas ambientais.
5) Identificar os problemas ambientais presentes na cidade onde se encontra a escola.
6) Propor quais mudanças seriam necessárias para solucionar os problemas ambientais encontrados.
Duração das atividades
02 aulas de 50 minutos 
Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Metrópoles apresentam graves problemas

Ângelo Tiago de Miranda*
É muito comum a ideia de que a cidade constitui um ecossistema urbano, mas, na verdade, esta é uma expressão incorreta.
Primeiro, para existir um ecossistema, é preciso que haja um ambiente em perfeito equilíbrio e harmonia, formado por interações entre fauna, flora, e micro-organismos - e pelas relações que o solo, a água e a atmosfera mantêm entre si. Além disso, um ecossistema deve ser autossuficiente e conter organismos produtores de matéria e energia, bem como a presença de consumidores e decompositores.
A cidade representa somente a parte consumidora desse sistema, pois demanda imensa quantidade de matéria e energia que não é capaz de produzir com autossuficiência - e gera resíduos que não são reciclados, ou seja, reaproveitados dentro do sistema por outros organismos.
Devido à incapacidade de absorção, pelo sistema urbano, desses resíduos, eles vão se acumulando no ar, no solo e na água, ocasionando uma série de alterações e impactos no ambiente urbano.

As cidades e o meio ambiente natural

A cidade surgiu das tentativas, durante muitos séculos, de o homem dominar as forças da natureza. As cheias periódicas dos rios fertilizavam a terra próxima, favorecendo a sua produtividade.
Somente com o desenvolvimento da agricultura irrigada nas planícies dos grandes rios e um trabalho coletivo da população de várias aldeias, para a abertura de canais de irrigação, a drenagem de pântanos e a construção de represas e poços é que os campos de cultivo puderam crescer.

Com o controle das águas, a produtividade agrícola aumentou de modo a gerar excedentes para abastecer a cidade. A ausência de meios de transporte que possibilitassem a circulação desses excedentes fazia com que a vida urbana ficasse restrita apenas aos vales dos rios. O aperfeiçoamento dos meios de transporte fluvial, marítimo e terrestre e o cultivo de alimentos menos perecíveis venceram esse limite à expansão urbana.

A partir do século 19, com a Revolução Industrial, começou um novo período na história das relações entre a cidade e o meio ambiente natural. Os últimos obstáculos presentes na natureza para o crescimento populacional e físico das cidades foram extintos. Como consequência, surgiram diversos problemas ambientais nas cidades industriais europeias e norte-americanas, sobretudo o da poluição atmosférica ocasionada pela queima de combustíveis fósseis pelas indústrias e o despejo de resíduos industriais em corpos d'água e no solo.
Até a Segunda Guerra Mundial, os problemas ambientais urbanos estavam reduzidos a um conjunto de países industrializados do mundo, pois neles se concentrava grande parte das metrópoles e das regiões industriais. Nas nações em desenvolvimento, a urbanização se intensificou a partir de 1950, graças ao processo de industrialização.

Atualmente, o mundo passa por acelerado processo de urbanização, afetando principalmente os países em desenvolvimento, os menos equipados para prover transporte, habitação, água e esgoto. O inchaço populacional das cidades tem sérias consequências ambientais, econômicas e sociais nesses países.

Impactos ambientais da urbanização

Ângelo Tiago de Miranda*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
A metrópole - grande aglomeração na qual uma cidade central polariza (política, econômica e culturalmente) uma ampla região constituída de várias outras cidades - é a maior amostra do poder do homem para transformar o ambiente natural.
De maneira geral, os problemas ambientais se manifestam mais nas grandes cidades, em comparação às pequenas ou ao meio rural. Nesses grandes centros urbanos há problemas ambientais que produzem diversas consequências sobre todos os aspectos do meio ambiente natural (como a fauna, a flora, o relevo, o clima e a hidrologia). Além da poluição atmosférica, as metrópoles apresentam outros problemas ambientais, como:
Poluição sonora: provocada pelo excesso de ruídos (do trânsito de veículos automotores, indústrias, obras nas ruas, movimento de pessoas, propaganda comercial, sirenes e alarmes, atividades recreativas, entre outras). Isso pode causar danos aos seres humanos, como estresse, efeitos psicológicos, distúrbios neurológicos, náuseas e cefaleias, até a perda da audição.
Poluição visual: ocasionada pelo excesso de cartazes, anúncios, propagandas, banners, totens, placas, etc. dispostos no ambiente urbano e que escondem a fachada das casas e dos edifícios - e, principalmente, a paisagem natural.
Água e esgotos: devido ao excesso de consumo de água e à poluição dos mananciais (reservas de água) por resíduos domésticos e industriais, os sistemas de abastecimento tornam-se cada vez mais caros, pois quando as reservas locais estão contaminadas é preciso, para abastecer os grandes centros urbanos, transportar água de locais distantes.
O esgoto também se configura num problema grave, sobretudo nas cidades dos países em desenvolvimento, que não dispõem de redes completas de coleta e de estações adequadas de tratamento.
Como consequência, ocorre a poluição das águas dos rios e córregos, causada pelo lançamento de efluentes industriais e agrícolas - e também de esgotos domésticos, além de outros resíduos sólidos.
No estudo desenvolvido pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), intitulado "Além da Escassez: Poder, Pobreza e a Crise Mundial do Fornecimento de Água", a agência das Nações Unidas informa que, anualmente, 1 milhão e 800 mil crianças morrem de diarreia (o equivalente a 205 crianças por hora), 443 milhões faltam à escola por doenças causadas pelo consumo de água inadequada e metade da população dos países em desenvolvimento passa por algum problema de saúde dessa natureza.
Congestionamentos frequentes: um dos problemas que tem recebido maior atenção de especialistas e governos é referente ao tráfego e à crescente motorização das populações urbanizadas. Nas grandes cidades, a expansão da motorização individual gerou um aumento nos deslocamentos por automóvel, ao passo que a utilização dos transportes públicos estagnou ou declinou.
Nas cidades dos países em desenvolvimento, devido à carência de adequados sistemas de transporte público, o uso do automóvel foi privilegiado para os habitantes realizarem seus deslocamentos. Além disso, a expansão das cidades e a consequente formação de subúrbios distantes do centro propiciaram o aumento das distâncias percorridas por aqueles que diariamente se deslocam para trabalhar, utilizando, para isso, o automóvel.
Assim, o congestionamento das vias urbanas de tráfego é resultado da ligação desses dois processos. Vale lembrar ainda os impactos locais ocasionados pelo automóvel, como a poluição do ar, a poluição sonora e os acidentes de tráfego, bem como a infraestrutura viária construída (pistas expressas, vias elevadas, viadutos, anéis periféricos), que consome amplos espaços, descaracteriza grande parte da paisagem urbana e deteriora parques, praças e áreas residenciais.
Carência de arborização: entende-se por arborização urbana toda cobertura vegetal de porte arbóreo existente nas cidades. As árvores desempenham uma importante função nas áreas urbanizadas, no que se refere à qualidade ambiental. A sua falta implica em diversas consequências para o ambiente urbano, já que elas realizam a purificação do ar por meio da fixação de poeiras e gases tóxicos e pela reciclagem de gases através de mecanismos fotossintéticos.
As árvores melhoram o microclima da cidade, retendo a umidade do solo e do ar e gerando sombra; influenciam o balanço hídrico, favorecendo a infiltração da água no solo e provocando evapotranspiração mais lenta; protegem as nascentes e os mananciais; reduzem a poluição sonora, pois amortecem os ruídos; e, finalmente, servem de abrigo à fauna, principalmente aos pássaros.

Grandes cidades são ilhas de calor

Ângelo Tiago de Miranda*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Quase tudo que existe nas metrópoles tem origem artificial. O que existe de natural acaba sempre apresentando alterações provocadas pela interferência do homem, como é o caso do clima, o chamado clima urbano.
Nas grandes cidades, geralmente a camada de ar mais próxima ao solo é mais aquecida do que nas áreas rurais. A cidade é considerada um grande modificador do clima devido às intensas atividades humanas, ao grande número de veículos em circulação, à presença maciça de indústrias, prédios, asfalto nas ruas, e à diminuição de áreas verdes.
Tudo isso provoca mudanças profundas não só na atmosfera local, mas também na temperatura e nas chuvas da região. O aumento do calor na cidade altera a circulação dos ventos, a umidade relativa do ar e as chuvas. Materiais como o asfalto das ruas e o concreto, encontrado nas casas e nos edifícios, propiciam a evaporação rápida da água da chuva que está no solo, reduzindo o resfriamento.
As partículas emitidas pelos veículos automotores e pelas indústrias produzem o aumento da quantidade de nuvens e, consequentemente, de chuvas, pois a poeira e a fuligem desempenham o papel de núcleos higroscópicos que facilitam a condensação do vapor de água da atmosfera.
A mudança nas características da atmosfera local é provocada pela substituição dos materiais naturais pelos urbanos. Por isso, podemos observar o aumento da temperatura nas grandes cidades, fenômeno chamado de ilha de calor, uma anomalia térmica que faz o ar da cidade se tornar mais quente que o das regiões vizinhas.

Inversão térmica

A inversão térmica é um fenômeno meteorológico facilmente enxergado nas grandes cidades, como São Paulo ou Nova York, sendo comum, por exemplo, no outono e, principalmente, no inverno.
Para que ela aconteça, é preciso que ocorram alguns fatores específicos, como uma baixa umidade relativa do ar, comum nos invernos. O fenômeno pode ocorrer em qualquer época do ano, mas fica mais intenso nas épocas de noites longas, com baixas temperaturas e pouco vento.
A inversão térmica ocorre quando uma camada de ar quente se sobrepõe a uma camada de ar frio, impedindo o movimento ascendente do ar, uma vez que o ar abaixo dessa camada fica mais frio - portanto, mais pesado -, fazendo com que os poluentes se mantenham próximos da superfície e, assim, criando uma névoa sobre a cidade.

Essa névoa é composta de gases tóxicos e poluentes, que são extremamente prejudiciais à saúde, podendo ocasionar bronquite, agravamento de doenças cardíacas, irritação nos olhos, tonturas, náuseas e dor de cabeça.

As inversões térmicas também podem ser provocadas pela entrada de uma frente fria, o que ocorre geralmente nos dias mais frios do inverno.
Estratégias e recursos da aula
   ATIVIDADE 01
  1) Inicialmente, solicitar que os alunos pesquisem quais são as maiores metrópoles do mundo, com mais de 10 milhões de habitantes. As cidades encontradas deverão ser indicadas num mapa-múndi.

As Dez Maiores Cidades do Mundo – Regiões Metropolitanas

 Esta lista foi elaborada com os dados da ONU – Organização das Nações Unidas referentes a 2007. Existem vários critérios para considerar a população de uma cidade, o que pode levar a números bem diferentes, esta leva em consideração a população de toda a região metropolitana e não somente a da cidade.
Na lista As Dez Maiores Cidades do Mundo, você encontra outra lista feita levando-se em conta somente a população da cidade.


1 – Tóquio – Japão – 35,67 Milhões de habitantes
2 – Nova York – EUA – 19, 04 Milhões de habitantes
3 – Cidade do México – México – 19,02 Milhões de habitantes
4 – Bombaim – Índia – 18,97 Milhões de habitantes
5 – São Paulo – Brasil -18,84 Milhões de habitantes
6 – Nova Délhi – Índia – 15,92 Milhões de habitantes
7 – Xangai – China – 14,98 Milhões de habitantes
8 – Calcutá – Índia – 14,78 Milhões de habitantes
9 – Daca – Bangladesh – 13,48 Milhões de habitantes
10 – Buenos Aires – Argentina – 12,79 Milhões de habitantes
   ATIVIDADE 02
   2) Depois, escrever na lousa o nome das maiores metrópoles e pedir para os alunos realizarem correções, se necessário. Aproveite para definir "urbanização", bem como outros temas, como "área metropolitana" e "metrópole".
ATIVIDADE 03
 3) Dividir os alunos em grupos. Cada grupo ficará encarregado de pesquisar em jornais, revistas, livros e na INTERNET os problemas ambientais que existem em algumas cidades de diferentes continentes. Também, se possível, é importante os alunos conseguirem imagens das metrópoles pesquisadas. Pedir para que observem as imagens, comparando-as aos problemas no meio ambiente que podem se manifestar, em decorrência da concentração populacional.
  ATIVIDADE04
 Solicitar aos grupos que apresentem, na forma de seminários, as cidades que foram pesquisadas e os seus problemas ambientais. Enquanto isso, na lousa, elabore uma tabela com duas colunas: na primeira deve ser escrito o nome da cidade pesquisada; na outra, os problemas ambientais levantados pelos alunos. Após as apresentações dos grupos, chamar a atenção para o fato de que em todas as metrópoles - as localizadas nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento - existem praticamente os mesmos problemas ambientais, ocasionados, sobretudo, pelo crescimento populacional.
ATIVIDADE 05
Em seguida, na lousa, listar, explicar e caracterizar cada problema ambiental presente nas metrópoles. Cientes dessas informações, os alunos, ainda divididos em grupo, devem pesquisar sobre a cidade onde está localizada a escola, com o objetivo de identificar se os problemas ambientais explicados anteriormente existem ali. Peça para que observem o trajeto casa-escola e registrem no caderno se há poluição (visual, atmosférica ou sonora), carência de arborização, esgoto a céu aberto, congestionamentos, etc.
Após essa etapa, os grupos deverão mostrar os registros feitos à classe e chegar a um consenso quanto aos problemas ambientais observados. Quando uma lista desses problemas estiver elaborada, promover uma discussão com os alunos sobre o que pode ser feito para modificar a situação. Ao final, escrever, junto com os alunos, um documento para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente ou para a Prefeitura do Município, destacando os problemas ambientais e a sugestão dos alunos para resolvê-los. Peça para o Órgão Municipal enviar uma resposta, informando o que, de fato, está sendo feito.
RECURSOS COMPLEMENTARES
Outras fontes de pesquisa:

RECURSOS
  • Vídeos
  • Computador
  • Internet
  • Data show
  • Caixa de som com microfone
  • Notebook
  • Pendrive
  • TV
AVALIAÇÃO
Deve-se fazer uma avaliação qualitativa contínua da atividade, acompanhando o desenvolvimento do aluno, avaliando-o no seu dia-a-dia em sala de aula. Deve-se avaliar o desenvolvimento de habilidades (raciocínio, aplicação de conceitos, capacidade de observação e de crítica, etc.), bem como de atitudes (responsabilidade na execução das tarefas, sociabilidade, etc.).




 





Nenhum comentário:

Postar um comentário